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Uma entre cada 12 mulheres desenvolverá câncer de mama

Outubro Rosa é uma campanha anual dedicada à conscientização sobre o câncer de mama, destacando a importância da prevenção, diagnóstico precoce e tratamento. No Brasil, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), aproximadamente 60 mil novos casos são estimados por ano, representando 28% dos tumores diagnosticados em mulheres. O câncer de mama é o segundo mais comum entre as brasileiras, perdendo apenas para o câncer de pele não melanoma.

Entre os fatores de risco, 10% dos casos são associados a fatores genéticos hereditários, o que eleva a necessidade de prevenção antecipada, principalmente para aquelas com histórico familiar. Para essas mulheres, o exame de mamografia deve começar por volta dos 35 anos, enquanto a recomendação geral é iniciar o rastreamento aos 40 anos.

A mamografia é uma ferramenta essencial para o diagnóstico precoce, especialmente para mulheres entre 50 e 69 anos, pois aumenta significativamente as chances de cura. A Pesquisa Nacional de Saúde de 2013 indicou que 18,4% das mulheres nessa faixa etária nunca realizaram o exame, um índice mais alto nas regiões Norte e Nordeste, destacando a necessidade de expandir a conscientização e o acesso aos exames.

Estudos da Sociedade Brasileira de Mastologia apontam que 1 em cada 12 mulheres desenvolverá um tumor nas mamas até os 90 anos. Com o diagnóstico precoce, as chances de cura chegam a 95%, reforçando a importância de iniciativas de conscientização como o Outubro Rosa para informar e mobilizar a população feminina sobre cuidados preventivos e rotinas de saúde.

Além disso, campanhas como o Outubro Rosa são fundamentais para disseminar conhecimento, reduzindo a desinformação e promovendo a adesão aos exames regulares. O oncologista Bruno Ferrari ressalta que, quanto mais mulheres forem incentivadas a realizar a mamografia, maiores as chances de detecção precoce e sucesso no tratamento, ajudando a reduzir significativamente a mortalidade causada pelo câncer de mama. A campanha simboliza a luta contra o câncer de mama e continua incentivando o acesso à informação e ao cuidado integral com a saúde feminina.

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Zika vírus prejudica memória e sistema motor

O Zika vírus, conhecido inicialmente por causar febre e sintomas leves, ganhou grande atenção em 2015 e 2016 quando se verificou sua relação com complicações neurológicas graves, especialmente em recém-nascidos de mães infectadas. Estudos recentes indicam que o vírus pode afetar a memória e o sistema motor, além dos danos cerebrais, particularmente em indivíduos cujos cérebros estão em desenvolvimento, como fetos e bebês.

Como o Zika Vírus Afeta o Sistema Nervoso

O Zika vírus pode penetrar o sistema nervoso e provocar inflamações que afetam as células neuronais. Em adultos, a resposta imune ao vírus costuma ser mais eficaz, porém ainda pode provocar danos neurológicos em alguns casos. Em bebês e fetos, o Zika ataca principalmente células neurais em formação, comprometendo áreas responsáveis pela memória e pelo controle motor.

A pesquisa mostra que o vírus pode danificar o hipocampo, uma região crucial para a formação de memórias. O comprometimento dessa área está associado a dificuldades de aprendizagem e memorização, principalmente em crianças. Já o sistema motor pode ser afetado por danos na medula espinhal e no córtex motor, regiões responsáveis pelo controle e coordenação muscular.

Evidências e Estudos Científicos

Pesquisas com modelos de laboratório, como células-tronco e animais, mostraram que o Zika vírus interrompe o desenvolvimento saudável das células cerebrais, causando a morte de neurônios e prejudicando as conexões entre eles. Em camundongos, por exemplo, observou-se que filhotes infectados apresentaram movimentos descoordenados e déficits cognitivos, sugerindo que o Zika também pode causar transtornos de movimento, como fraqueza muscular e espasmos.

Impacto no Desenvolvimento Motor

A microcefalia, uma condição onde a cabeça e o cérebro dos bebês nascem menores que o normal, é uma das complicações mais comuns associadas ao Zika. No entanto, além da microcefalia, o vírus está associado a problemas de desenvolvimento motor e atraso no desenvolvimento físico. Crianças expostas ao Zika podem ter dificuldades em sentar, caminhar ou realizar movimentos básicos, mesmo em casos onde a microcefalia não é diagnosticada.

O Zika também pode gerar problemas nos nervos periféricos, levando a fraqueza muscular e a uma série de outras condições que afetam a capacidade de se mover e realizar atividades diárias.

Desafios e Tratamentos

Não há cura para os danos causados pelo Zika vírus no sistema nervoso, tornando o foco na prevenção fundamental. As estratégias incluem evitar áreas de surtos, uso de repelentes e medidas de proteção para prevenir picadas de mosquitos. A recuperação das funções motoras e cognitivas em crianças afetadas pelo Zika depende de terapias específicas, como fisioterapia, terapia ocupacional e estimulação precoce, que buscam promover o desenvolvimento motor e cognitivo.

Conclusão

O Zika vírus tem consequências significativas no sistema nervoso, especialmente em cérebros em desenvolvimento, prejudicando funções cognitivas e motoras. A prevenção e o diagnóstico precoce continuam sendo as melhores formas de mitigar os impactos desse vírus.

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Vício em doces

O vício em doces é uma condição que afeta muitas pessoas e pode comprometer a saúde física e mental. O consumo excessivo de açúcar, principalmente em doces, pode levar à liberação de dopamina, o hormônio do prazer, no cérebro, gerando sensação de bem-estar momentânea. No entanto, com o tempo, o organismo exige quantidades maiores para atingir o mesmo nível de satisfação, contribuindo para um ciclo vicioso.

Como o Vício em Doces Acontece

A ingestão frequente de açúcar altera os neurotransmissores cerebrais, especialmente aqueles ligados ao prazer e à recompensa. Assim como ocorre em outras formas de vício, o corpo e a mente começam a desejar o consumo constante para manter essa sensação agradável. Outro fator relevante é a alimentação irregular, que pode levar à queda de glicose, aumentando o desejo por doces para compensar rapidamente a energia perdida.

Efeitos do Excesso de Açúcar no Organismo

O consumo exagerado de açúcar está associado a problemas de saúde como obesidade, diabetes tipo 2, pressão alta, cáries, e até problemas de pele. Além disso, o açúcar em excesso contribui para o acúmulo de gordura visceral, que aumenta o risco de doenças cardiovasculares e outros distúrbios metabólicos. A saúde mental também é impactada, pois o consumo excessivo de doces pode provocar flutuações no humor, ansiedade e irritabilidade.

Sinais de Vício em Doces

Identificar o vício em doces pode ser um desafio, mas alguns sinais são comuns, como a vontade constante de comer alimentos açucarados, a dificuldade em parar de consumir doces, e o sentimento de culpa após o consumo exagerado. Além disso, sentir falta de energia logo após a ingestão de açúcar e o desejo por doces em momentos de estresse ou tristeza também podem indicar uma relação desequilibrada com o açúcar.

Estratégias para Controlar o Vício em Doces

  1. Planeje a Alimentação: Fazer refeições balanceadas e em horários regulares ajuda a controlar os picos e quedas de glicose, reduzindo a vontade de comer doces.
  2. Hidrate-se: Muitas vezes, a sede é confundida com fome, então beber água ao longo do dia pode ajudar a evitar o consumo desnecessário de açúcar.
  3. Aumente o Consumo de Proteínas e Fibras: Alimentos ricos em proteínas e fibras promovem saciedade, o que ajuda a reduzir o desejo por doces.
  4. Adoce de Forma Natural: Trocar o açúcar refinado por opções mais naturais, como frutas, ajuda a diminuir a ingestão calórica e reduz o pico glicêmico.
  5. Faça Atividades Físicas: Exercícios regulares estimulam a produção de endorfina e dopamina, que são hormônios do bem-estar, e ajudam a combater a ansiedade e o estresse, diminuindo o desejo por doces.
  6. Estabeleça Metas Realistas: Reduzir o consumo de açúcar de forma gradual ajuda o corpo a se adaptar, evitando sintomas de abstinência e facilitando o controle a longo prazo.

Benefícios de Reduzir o Consumo de Doces

Reduzir o açúcar pode trazer vários benefícios, incluindo melhora na qualidade do sono, redução de inflamações, melhor disposição física e controle de peso. Além disso, a saúde mental e a estabilidade emocional podem ser significativamente beneficiadas, com menores oscilações de humor e ansiedade.

Considerações Finais

O vício em doces é uma condição que pode ser superada com comprometimento e apoio, seja através de mudanças na dieta, de acompanhamento profissional ou de apoio emocional. Encarar o açúcar de forma moderada e consciente é um passo importante para uma vida saudável e equilibrada.

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Compulsão alimentar tratamento

A compulsão alimentar é um transtorno caracterizado pela ingestão de grandes quantidades de alimentos em um curto período, geralmente acompanhada de um sentimento de perda de controle e culpa. Para ajudar as pessoas a enfrentar essa condição, é essencial combinar tratamentos que abordem aspectos psicológicos, emocionais e comportamentais.

1. Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC)

A Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) é uma das abordagens mais eficazes para tratar a compulsão alimentar. O objetivo da TCC é identificar os pensamentos automáticos e padrões comportamentais que levam ao desejo de comer excessivamente. Através da TCC, o paciente aprende a desenvolver estratégias para modificar esses pensamentos e adquirir habilidades de enfrentamento saudáveis. Estudos demonstram que a TCC reduz os episódios de compulsão e melhora o autocontrole ao lidar com gatilhos emocionais e situacionais.

2. Terapia de Aceitação e Compromisso (ACT)

A Terapia de Aceitação e Compromisso (ACT) foca na aceitação dos sentimentos e sensações que levam à compulsão alimentar, ajudando o indivíduo a mudar o comportamento sem tentar eliminar essas emoções. O ACT auxilia os pacientes a não evitarem pensamentos desagradáveis e a desenvolverem uma relação mais saudável com as próprias emoções, diminuindo a necessidade de recorrer à comida para obter alívio emocional.

3. Terapia Familiar

Quando a compulsão alimentar é identificada em adolescentes ou jovens, a terapia familiar pode ser eficaz. Esse método envolve os membros da família, promovendo um ambiente de apoio e entendimento sobre o transtorno alimentar. A terapia familiar aborda questões de relacionamento e comunicação que podem estar influenciando o comportamento de compulsão, incentivando os familiares a participarem positivamente do processo de recuperação.

4. Mindfulness e Meditação

Técnicas de mindfulness e meditação ajudam a pessoa a desenvolver a autoconsciência e a controlar impulsos alimentares. O mindfulness, por exemplo, ensina a focar no momento presente e a reduzir a ansiedade, permitindo que o paciente compreenda melhor o que sente antes de comer compulsivamente. Ao prestar atenção aos sinais do corpo, a pessoa aprende a diferenciar a fome física da fome emocional, reduzindo assim os episódios de compulsão.

5. Reeducação Alimentar

A reeducação alimentar, com acompanhamento de um nutricionista, ajuda a criar hábitos alimentares mais equilibrados e saudáveis. Muitas pessoas com compulsão alimentar apresentam uma relação conturbada com a alimentação, e a reeducação pode estabelecer uma base de alimentação regular, com refeições balanceadas que reduzem a sensação de fome. Além disso, o nutricionista pode ajudar a planejar o consumo de alimentos que saciam por mais tempo, evitando a necessidade de recorrer à comida por impulso.

6. Atividades Físicas

A prática regular de exercícios físicos é uma aliada no combate à compulsão alimentar. Além de contribuir para o bem-estar físico, o exercício libera endorfina, um neurotransmissor que promove sensação de prazer e bem-estar. Atividades físicas, como caminhadas, ioga, natação e exercícios de alta intensidade, podem aliviar o estresse e a ansiedade, que muitas vezes são os gatilhos para episódios de compulsão.

7. Medicação e Tratamento Psiquiátrico

Em alguns casos, o uso de medicação pode ser necessário. Sob a supervisão de um psiquiatra, medicamentos antidepressivos, estabilizadores de humor ou supressores de apetite podem ser indicados para auxiliar no controle dos impulsos e na regulação dos neurotransmissores. No entanto, essa abordagem é recomendada apenas em situações específicas e deve ser acompanhada por profissionais de saúde, considerando os possíveis efeitos colaterais e o perfil do paciente.

8. Grupos de Apoio

Grupos de apoio, como os Anônimos de Comedores Compulsivos (CEA), oferecem suporte emocional e social para pessoas que lidam com a compulsão alimentar. Compartilhar experiências e ouvir relatos de outras pessoas que enfrentam o mesmo problema pode ser motivador e ajudar a reduzir o sentimento de isolamento. A interação com outros indivíduos que compreendem o desafio fortalece a resiliência e ajuda a manter o comprometimento com o tratamento.

9. Autocompaixão e Trabalho Emocional

Muitas pessoas com compulsão alimentar experimentam altos níveis de culpa e vergonha. Trabalhar a autocompaixão é essencial para reduzir esses sentimentos negativos e promover uma relação mais saudável com o corpo e a mente. Técnicas de autocompaixão ensinam a pessoa a tratar-se com gentileza, mesmo quando comete erros, reduzindo o ciclo de culpa e autocrítica que alimenta o transtorno.

10. Planejamento e Estruturação da Rotina Alimentar

Estruturar a rotina alimentar ajuda a evitar episódios de compulsão. Estabelecer horários regulares para as refeições e planejar o que será consumido ao longo do dia diminui a chance de comer impulsivamente. Com a ajuda de um profissional, o paciente pode criar uma rotina organizada que se alinha com suas necessidades nutricionais e evita o sentimento de fome exagerada, que pode levar ao descontrole.

Conclusão

A compulsão alimentar é uma condição complexa, mas com abordagem correta e o apoio de profissionais, é possível recuperar o controle e viver com mais qualidade. Ao combinar métodos terapêuticos, reeducação alimentar e práticas de autocuidado, a pessoa consegue desenvolver uma relação mais equilibrada com a alimentação e lidar com os desafios emocionais de forma positiva. Cada pessoa responde de maneira diferente ao tratamento, então é essencial que o acompanhamento seja individualizado, promovendo bem-estar e autocompaixão durante o processo de recuperação.

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